2012 entrará para a História como o ano em que o universo se realinhou para viabilizar o lançamento da badassitude destilada numa obra de fuderosidade singular. "Os Mercenários 2" é tudo que promete ser: um filme ação digno da presença do Stallone, Arnoldão, Bruce Willis, Chuck Norris (provando que todos os memes sobre este indivíduo o subestimam: "seleção natural" é, de fato, eufemismo para "criaturas que Chuck Norris deixou viver") e todo o "grande" (literal e figuradamente, exceto o Jet Li, que é uma porrada tão compacta quanto eficaz) elenco. O filme começa com a delicadeza de dois caminhões blindados arrebentando um perímetro urbano e nunca perde o ritmo. Cenas de ação perfeitamente editadas (sem nenhuma câmera tremendo, para minha incalculável gratidão, com exceção de uma cena, que mostra que há hora e lugar para tudo, inclusive shakycam), uma chuva de tiros, porradas, tirambaços, corpos explodindo, Van Damme como um vilão completamente maligno (em nenhum momento você acha que o fato de o cara se chamar Vilain é ridículo) e cabulosamente convincente; uma "mercenária" (Nan Yu) que prova que nossos heróis são progressistas sem perder a virilidade e um mano-a-mano final que realmente merece ser chamado de "clímax". Tudo isso dirigido por um Simon West surpreendentemente massa, redimindo-se da fuleira refilmagem de Assassino a Preço Fixo. Não farei um post prolixo, porque não quero fazer ninguém desperdiçar tempo precioso que poderia ser empregando vendo Expendables 2. Só posso recomendar que você vá ao cinema ver este filme agora, sem risco de decepção.
E o ranço, fico feliz em informar, desapareceu.
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